Fonte: http://galizalivre.org/?q=ensaio/limiar ... -progressoLimiar de «Defesa da Terra e a dialéctica do progresso»
Ao longo da última década, dous processos sociais caminham parelhos: a organizaçom social do arredismo, procurando novos caminhos na sua luita já centenária; e a extensom dumha consciência e nova prática de defesa ambiental galega, coincidente com os sintomas manifestos de colapso civilizatório que andamos. Nengum processo se reduz a outro, ambos som autónomos, e muitas vezes os protagonistas diferem. Contodo, a coincidência de valores leva a um contágio bem produtivo: o arredismo, umha proposta política significada sempre polo seu enfrentamento incondicional com o Estado, começou a sentir a insuficiência do velho ecologismo de gestom, que hoje caminha de maos das instituiçons para paliar os efeitos mais visíveis da degradaçom da vida. Abriu os olhos entom a novas expressons de organizaçom popular que, em rede e por baixo, teciam reivindicaçons antidesarrolhistas desde inúmeras problemáticas comarcais. E este ecologismo, por seu turno, começou a elaborar propostas que, em outro dialecto distinto, falavam a língua da independência: defesa da Terra, soberania alimentar, capacidades produtivas, cultura e paisagem.
O livro que o leitor ou leitora tem entre maos procede desta tensom mantida. É fruto dum trabalho colectivo e de horas de dicusom, sempre com o pano de fundo dos conflitos sociais e ambientais que se livram na Galiza, de Cangas a Mugardos e de Quilmas ao Courel. Nele ponhem-se em causa aqueles conceitos-armadilha da ideologia progressista, que fechárom a esquerda no beco sem saída do culto ao produtivismo e o amor pola desmesura. O texto é produto dumha luita, e sabe que o porvir se decide mais nas ruas e assembleias que na letra impressa. Mas também quer vindicar que, nestes tempos incertos, este «socialismo da interrupçom» que proponhemos tem que deter ou enfrear a maquinária dos que mandam se quer realizar-se. E nom há paragem mais obrigada que deter-se a pensar, fazê-lo colectivamente e com ánimo de ir bem preparados ao combate.
Na Terra, Junho de 2010.
A defesa da Terra e a dialéctica do progresso. Edita a Escola Popular Galega (Área de Movimentos Sociais) e o galizalivre.org. Correcçom ortográfica do galizalivre.org, 224 páginas, 2010.
ÍNDICE
-Limiar (págs. 7-8)
-Cap. I: O conflito social e ambiental (págs 9-20)
-Cap. II: O progreso (págs 21-64)
O que é que vai tomar o lugar do progresso?
Dispositivos infraestruturais de controlo social
Ocupaçom, apropriaçom, seduçom
Redes de contra-poder nacional
Os danos colaterais
-Cap. III: Economia moderna e crescimento económico (págs 65-96)
Perspectiva histórica
O crescimento económico
A sofisticaçom do crescimento
O novo desenvolvimento
O capital humano
O desenvolvimento endógeno
-Cap. IV: O colapso do crescimento e a saída da economia (págs 97-150)
O desafio ecológico
A saída da economia
Teoria limitacionista
Ecologia da terra
Teoria crítica do valor
Crítica feminista
-Cap. V: A Terra (págs 151-190)
Dualismo moderno
Natureza-cultura
O sujeito-objecto
Técnica-moralidade
A protecçom da natureza
A retórica ecológica
A hiper modernidade
A defesa da Terra
A terra
A ética da terra
A natureza antropisada
O conhecimento-emancipaçom
-Cap. VI: Atraso, naçom e colónia na causa galega (págs 191-222)
Perspectiva histórica
O atraso galego
O atraso do nacionalismo
O ataso da esquerda progressista
O colonialismo
Perspectivas de futuro
-Bibliografia de referência (págs 223-224)
Para fazer encomendas enviar um correio a: galizalivre.info@gmail.com
Defesa da Terra e a dialéctica do progresso
- Zê Ninguem
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Defesa da Terra e a dialéctica do progresso
Alguem conhece, ou sabe alguma coisa disto?:
Re: Defesa da Terra e a dialéctica do progresso
Bom, companheiro, a Escola Popular Galega é uma iniciativa vinda desde o independentismo, de linha marxista-leninista, e os seitores cirticos do autonomismo, para fomentar a formaçao desde uma vissao nao acadêmica. Têm sé em vigo, e muitos dos seus impulsionadores sao professores de liceus ou da universidade, se bem tambem militantes da rede de centros sociais independentistas. Paa além deste, tèm outros dos livros publicados, "Todas as guerras. Escolma" de Santiago Alba Rico, “Recessom ou Colapso? A questom da crise dos Marxismos”, que é colectivo. Toda a linha é marxista-leninista e soberanista, mas têm contactos com certos elementos do anarquismo. Ainda esta sabado dois companheiros anarquistas deram uma palestra para eles, e um dos seus membros, Carlos Velasco, participou numas jornadas em Tui no mês de Abril, compartindo mesa com dionisio pereira e tratando à repressao à CNT na altura de 36. O seu blogue por se te interessar: http://agal-gz.org/blogues/index.php/EPG/
- Zê Ninguem
- Mensajes: 57
- Registrado: 20 Jun 2007, 11:59
Re: Defesa da Terra e a dialéctica do progresso
Ao brigado eu, mas a minha pergunta vinha mais pelo de «socialismo da interrupção», e o livro. E certo olor a recuperação dum socialismo-comunanilsmo-galego com base na assembleia do concelho. Concelho aberto, do tipo Félix R.Mora, acho. Ou não?eu escribió:Bom, companheiro, a Escola Popular Galega é uma iniciativa vinda desde o independentismo, de linha marxista-leninista, e os seitores cirticos do autonomismo, para fomentar a formaçao desde uma vissao nao acadêmica. Têm sé em vigo, e muitos dos seus impulsionadores sao professores de liceus ou da universidade, se bem tambem militantes da rede de centros sociais independentistas. Paa além deste, tèm outros dos livros publicados, "Todas as guerras. Escolma" de Santiago Alba Rico, “Recessom ou Colapso? A questom da crise dos Marxismos”, que é colectivo. Toda a linha é marxista-leninista e soberanista, mas têm contactos com certos elementos do anarquismo. Ainda esta sabado dois companheiros anarquistas deram uma palestra para eles, e um dos seus membros, Carlos Velasco, participou numas jornadas em Tui no mês de Abril, compartindo mesa com dionisio pereira e tratando à repressao à CNT na altura de 36. O seu blogue por se te interessar: http://agal-gz.org/blogues/index.php/EPG/
Re: Defesa da Terra e a dialéctica do progresso
OK, não vira o resaltado. Acho que, pelo que eu sei, que eu sou de Compostela e não tenho muito trato com eles, é que Félix sim era uma referência para eles, mas tampouco o tenho muito claro hojendia. Eles têm três grupos de estudo, acho, um em Vigo, outro em Bertamiráns (grupo da Fouce) e outro em Compostela (grupo da Gentalha). É possivle que exista outro em Ferrol. Eu não chego a saber mais. O melhor, será que te ponhas em contacto directo com eles. Podemos falar via privado, pois igual devemos dar nomes e não é correcto fazé-lo aquí em aberto.
Re: Defesa da Terra e a dialéctica do progresso
No he llegit el llibre, però tinc entès que F. Rodrigo Mora ha col·laborat en ell. La concepció de Fèlix sobre l'organització és -si no recorde malament- d'interrelació entre nuclis reduïts autosuficients, on l'assemblea (consell obert) és l'òrgan de decisió. En realitat seria una mena de socialisme (o comunalisme) rural, antiindustrial, antiurbanita, i antitecnològic (en la mesura de la complexitat tecnològica), però no de masses, com s'ha entès tradicionalment, sinó a xicoteta escala, "civilitzat" -com ell diria-, cosa que fa d'aquesta cosmovisió un plantejament molt més viable que l'organització sistemàtica de grans masses.