Impressons do 29-S: CIG, SLG, CNT, CUT

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eu
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Impressons do 29-S: CIG, SLG, CNT, CUT

Mensaje por eu » 01 Oct 2010, 15:12

Galiza Livre publica a valorização de uma pessoa de cada um destes sindicatos. Pessoalmente, flipo com a prepotência auto-complascente de Paulo Rubido. Bom, ficam as quatro:

“Cumpre continuar com esta dinâmica de presença na rua”
A sensaçom geral da CIG é mui positiva. O resultado da greve supera as nossas previsons, sobretodo tendo em conta que a convocatória foi realizada muito depois do desejável. A classe trabalhadora galega mostrou abertamente a sua crítica a CCOO e UGT, secundando com força as outras convocatórias. Manifestaçons como a de Compostela som exemplo disto, já que acudírom seis vezes mais pessoas à nossa que à deles. O facto de nos manifestar à margem dos sindicatos espanhóis parte deste interesse por fazer ver umha posiçom crítica e diferenciada. Cumpre continuar com esta dinâmica de presença na rua; a situaçom é crítica para a classe trabalhadora e cabe aguardar outra convocatória de greve geral num prazo nom mui longo.

O êxito da greve nom foi empanado pola acçom policial, que entra dentro do aguardável. Para além das cargas, as detençons e as identificaçons houvo também retençons nos sindicatos; eu por exemplo estivem três quartos de hora sem poder sair. Com a polícia sempre há problemas como os que se dérom na jornada de ontem porque defende os interesses da classe empresarial e o capital; nom poderia ser doutro jeito.

Paulo Paio Rubido, secretário nacional da CIG-serviços

“Do agro exigimos umha política que tenha em conta às pessoas e nom às multinacionais”

Para nós foi umha jornada bem importante por duas razons. A primeira, que está em jogo o próprio sistema democrático, porque se enturbiou a convocatória dizendo que nom era legítima, que a quem representávamos os sindicatos e organizaçons. Tratava-se dumha oportunidade de dignificar a sociedade civil; participar nom é acudir votar cada quatro anos. Por outra parte, o agro uniu-se para exigir outro tipo de política social e económica, que tenha em conta às pessoas e nom às multinacionais e o capital. As questons que reivindicamos coincidem em linhas gerais com as dos sindicatos obreiros, mas a nossa luita leva a perspectiva do rural. Exigimos o mantemento dos serviços públicos, assim como a proximidade; nom nos vale que só existam nas urbes. Exigimos o estabelecimento de medidas de regulaçom do mercado na procura de preços justos para quem produze e quem consume.

No que atinge às mobilizaçons, estivemos presentes em várias vilas e cidades do País. Em Vilalva o paro foi de 100%; também em Betanços foi mui importante. Tanto em Ourense como em Betanços a convocatória fijo-se conjuntamente com sindicatos obreiros, a CIG e a CNT respeitivamente, demonstrando que a classe obreira e labrega estám juntas contra o capital e luitam por problemas comuns.

Carme Freire, secretária geral do SLG

"O que importa é volver criar um clima de organizaçom da classe obreira”

A jornada de ontem foi um pequeno êxito da classe obreira, que demonstrou o seu descontento face as agressons contra os seus direitos. Ainda nom chegou o momento em que se articulem convocatórias próprias no sítio de a remolque dos grandes sindicatos, mas a gente saiu à rua com força mostrando um intento de superaçom frente CCOO e UGT. De facto, houvo mais gente nas outras convocatórias, e mobilizárom-se por primeira vez algumhas vilas. Está-se empeçando a mover algo contra eles, que já nos vem como inimigos. A actividade viu-se nos piquetes, quiçá os mais intensos das três greves gerais que vim. A indústria estivo paralisada; as empresas emblemáticas pechadas. Falhou o funcionário de “alto standing”. No referido à acçom policial, deixárom tam claro como sempre de que lado da barricada estám, com pessoas detidas e cargas selvagens como a de Ferrol.

A greve era um fingimento dos grandes sindicatos, porque a reforma é intocável e vai muito mais alá de Zapatero e o seu governo, mas o importante é volver criar um clima de organizaçom da classe obreira. Virám épocas menos duras economicamente, mas as relaçons de trabalho na actualidade som do XIX. Cumpre acabar com este sistema sindical, que é parte do problema, e ontem dérom-se os primeiros pasos. Rematou o do sindicato que gestiona; é hora de resistir e atacar. De agora em diante penso que prevalecerám os pequenos conflitos, mui intensos e focalizados, em sectores novos.

Martim Paradelo, membro da CNT

“A classe obreira galega está mui por acima das expectativas do sindicalismo oficial”

Na nossa opiniom a greve foi um êxito. A classe obreira galega está mui por acima das expectativas do sindicalismo oficial. A convocatória foi feita tarde, sem mobilizar à sociedade, e poderia ter sido um fracasso. CCOO e UGT fôrom mui suaves, em relaçom com o sindicalismo que venhem practicando nos últimos trinta anos. Pensárom nos seus próprios interesses de negociaçom e nom realizárom apenas trabalho de agitaçom, o qual lhe valeu os parabéns de Corbacho. Porém, a greve nom saiu como eles queriam, foi combativa e com um seguimento massivo.

Num dia de greve os legisladores perdem, mas podem-no suportar. Cumpre reverter a actual situaçom de legislar a favor do capital, e para isto som precisas mobilizaçons continuas. Enquanto à actividade policial, nom surpreende tratando-se dos corpos de segurança do capital. Nos dias prévios a patronal fijo um chamamento para que interviram garantindo o “direito ao trabalho”, que só lhes acorda na jornada de greve. Porém, semelha que existiam ordens do governo de que nom se excederam muito, em coerência com a pretendida imagem de “greve democrática”. Esta greve foi o primeiro paso dum longo caminho na rua.

Ricardo Castro, secretário nacional da CUT

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